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Jornalismo como arma poderosa face às “Fake News”

Jornalismo como arma poderosa face às “Fake News”

MaiaHoje no “Parlamento dos Jovens” da EB e Secundária Dr. Vieira de Carvalho.
Leia esta e outras notícias na edição em papel nº531, de 21 de janeiro de 2022, do seu Maia Hoje.

Num debate com o objetivo de esclarecer os alunos da Escola Básica e Secundária Dr. Vieira de Carvalho sobre o tema Fake News, participaram como oradores Nuno Silva, representante dos pais e Helena Sofia Ferreira, jornalista do MaiaHoje, ambos licenciados em Ciências da Comunicação.

O “Parlamento dos Jovens” é um projeto dirigido aos alunos de 2º e 3º ciclos e ensino secundário, neste caso da escola de Pedras Rubras, na Maia e que «pretende promover uma cidadania plena, estimulando o gosto pela participação cívica e política e dar a conhecer e experienciar as regras de funcionamento democrático», explica Ana Simão, uma das docentes responsáveis por este projeto na escola, que acrescenta ser pretendido «incentivar a reflexão e o debate em torno de temas estratégicos, sublinhando a importância da contribuição de todos para a resolução de questões que afetam o presente e o futuro individual e coletivo», acrescenta.

Dado o crescente aumento do uso das redes sociais e sendo as Fake News uma das grandes questões da atualidade «torna-se premente não só apetrechar os jovens de conhecimentos, mas criar cenários de aprendizagem que lhes permitam mobilizar o que sabem através do confronto com problemas reais que os afetam e afetam a sociedade, tomando consciência do seu potencial para a resolução dos mesmos», refere a docente.

No que se refere à presença da equipa do MaiaHoje, os alunos puderam observar o trabalho da jornalista Bruna Pinto Lopes, enquanto operadora de câmara, bem como ouvir alguns esclarecimentos feitos pela jornalista Helena Sofia Ferreira.

«É recomendação da Assembleia da República e do programa do Parlamento dos Jovens da sua iniciativa que sejam convocados parceiros para dinamizar debates junto dos estudantes e enriquecer a discussão dos temas em debate», esclarece Ana Simão, acrescentando que «foi minha convicção que a presença do Jornal MaiaHoje seria um momento relevante na formação dos alunos que integram esta iniciativa na nossa escola», transmitiu.

Debate sobre Fake News

Da mesma opinião é o aluno de 12º ano, Gonçalo Branco, que diz que «depois da sessão com a jornalista, todos os alunos envolvidos no Parlamento dos Jovens conseguiram ter uma melhor perceção do que seria necessário fazer e que medidas deviam escolher ou alterar para combater este tema que é bastante importante nos dias de hoje».

«Foi importante ouvirmos o que a jornalista tinha a dizer sobre as “Fake news”, já que é um assunto que se tem falado cada vez mais. Como jornalista está mais informada acerca deste tema significativo pois o papel de jornalista é também combater as “fake news” e a desinformação», diz a aluna Maria Vitória Pimenta, do 11º ano.

Também a presidente da Associação de Estudantes, Mariana Correia, reconhece que «é importante compreendermos que nem tudo o que vemos na internet é verdade, e para isso é preciso ter espírito crítico em relação à informação que chega até nós». Já Ana Santos, aluna do 12º ano, ao dizer que faz parte de uma geração que tem grande influência nas plataformas digitais, pôde perceber a importância da pesquisa por informação fidedigna, acrescentando que é uma forma de contribuir para «a construção de uma sociedade leal e instruída».

As alunas Catarina Martins e Margarida Sá, do 9º ano, dão o mesmo parecer e dizem que «a opinião da jornalista fez-me mudar de perspetiva», aditando que «foi possível esclarecermos as nossas dúvidas, o que nos vai ser muito útil na participação deste Parlamento».

A terminar a jornalista esclareceu a importância do seu Código Deontológico, por exemplo no que diz respeito ao contraditório que classifica como «uma excelente forma de “apanhar” uma “fake news”, fazendo assim toda a diferença entre o trabalho de um jornalista e outro», dando como exemplo de existirem, mesmo localmente alguns «Órgãos de Comunicação Social que não têm jornalistas nos seus quadros» e que entenda-se, em Portugal «infelizmente até o Boletim da Igreja está registado como Órgão de Comunicação Social», criticando «a cópia exaustiva como forma de noticiar, muitas vezes ampliando uma mentira», disse e exemplificou que «do meu conhecimento, mesmo online, apenas três Órgãos de Comunicação Social locais têm nos seus quadros jornalistas, a saber, além do MaiaHoje, o Jornal da Maia e o Primeira Mão», disse a terminar.

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