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Patrulha municipal de serviço à comunidade

Patrulha municipal de serviço à comunidade

Luísa e Miguel representam a infância que o Covid “rouba” às nossas crianças.

A manhã do passado dia 17 de Outubro, um dos primeiros dias do “novo” Estado de Emergência”, já era especial para os pequenos maiatos Luísa e Miguel.
É o dia do seu aniversário e a meio da manhã de um dia acinzentado, quiçá triste por não poder contar com os amiguinhos na tradicional festa, no meio do silêncio ecoa uma sirene de emergência. Era a Polícia Municipal.
Os pais vieram à porta e perante a voz da autoridade a questionar se era a habitação dos meninos Luísa e Miguel, adivinhando o que se iria passar, um sorriso abriu-se e lá chamaram os meninos, não sem antes, encontrarem nas mãos os respectivos “guarda memórias” (que agora se usam para registar os momentos mais importantes, mas também para comunicar com outras pessoas).
Os três agentes municipais que ali estavam, faziam como habitualmente a sua “ronda” de serviço, quando foram “destacados” para esta missão muito especial: Levar o sorriso e uma palavra de conforto a quem mais precisa. Por estes dias, uma missão mais comum do que o deveria ser, sentem, calam fundo por detrás da cirúrgica máscara, mas basta olhar para os olhos destes bravos agentes, para se atestar que o faziam com inegável prazer.
Chegados à porta, os pequenos Luísa e Miguel, tinham à sua espera dois sacos brancos da Câmara Municipal onde encontraram livros educativos, sendo que um deles, ilustrado, é da autoria do piloto maiato Renato Pita e faz parte do Plano Nacional de Leitura (Ler+).
Perante o olhar dos agentes a prenda foi desembrulhada e como acontece com qualquer criança, trocaram-se olhares entre o que um e o outro receberam. Coisas de irmãos. Os pais, atentos, tal como os filhos, de máscara, registavam o momento vivido à porta da casa com o número do Cristiano Ronaldo.
As surpresas não se ficaram por aqui e logo após colocarem em prática os ensinamentos sobre o uso do álcool gel, para as crianças, houve ainda a oportunidade de entrarem no carro patrulha e ficarem a saber quais os botões que ligam as luzes e a sirene de emergência.
Um momento divertido, muito sentido pelas crianças que foram apanhadas de surpresa, mas que faz lembrar que por detrás de uma farda está sempre um homem ou uma mulher, com família, compreensivo e disposto a tudo para que hajam dias assim felizes.
Adeus trocados, o veículo desapareceu no horizonte na sua missão de paz, a favor da outra grande família: os maiatos.

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