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«Nas portagens temos mesmo que ir mais longe!»

«Nas portagens temos mesmo que ir mais longe!»

Deputada maiata do PSD, Márcia Passos, volta a falar nas portagens que há muito «castigam os jovens, os residentes, o maior parque industrial do país e quem trabalha na Maia» em discussão na especialidade do OE 2021 debatida na Assembleia da República.

No passado dia 4 de novembro, em debate ocorrido na Assembleia da República sobre a discussão na especialidade do OE 2021 e onde foi ouvida Ana Abrunhosa, ministra da Coesão Territorial, a deputada maiata do PSD, Márcia Passos, teve uma intervenção de relevo sobre as portagens que há muito prejudicam os maiatos.

A deputada começou por relembrar a ministra das suas palavras iniciais «A Senhora Ministra hoje começou por dizer: “Nas portagens temos mesmo que ir mais longe”», disse, introduzindo que não se iria pronunciar sobre os critérios adotados nas últimas medidas, nomeadamente «as classes de veículos abrangidos e o número de vezes a partir da qual o utilizador tem um desconto».

Para a deputada «Na Maia não é disto que se trata» e, citando novamente a ministra «a Senhora Ministra, na audição de 19 de maio último, parecia que havia percebido, dizendo que o caso da A41 no concelho da Maia “não está incluído neste pacote do interior”, mas “está a ser tratado de forma especial”. Afinal, nada, nem um sinal desta manifestação de intenções», disse.

Márcia Passos disse lamentar que «o Governo insiste em transformar a Maia, na Capital da Portagem, como bem lhe chamou a JSD-Maia no Comunicado emitido ontem», sustentando que «em 14 km, 10 km são portajados. Dentro do concelho, quem trabalha e reside na Maia é sobrecarregado com 4 pórticos para se deslocar dentro do concelho, um concelho que cada vez é mais procurado por jovens para iniciar a sua vida profissional».

Para a social-democrata este governo «insiste em castigar os jovens, em castigar os residentes, em castigar quem trabalha na Maia, em castigar o maior parque industrial do
país e o concelho que é reconhecido como um dos mais importantes centros de desenvolvimento de negócios do norte do país. Castiga-se o concelho mais exportador da área metropolitana do Porto», referiu, acrescentando que os maiatos querem «ser conhecidos e reconhecidos pelos patamares de excelência que, aos diversos níveis, existem na Maia».

A deputada da Maia, eleita pelo círculo do Porto refere serem «10 anos de castigo» e que «os maiatos não irão desistir», pedindo à ministra que «também não desista».

«“Capital da Portagem”, é tudo menos excelência; é desigualdade, é desequilíbrio, é injustiça e por isso, repito, não iremos desistir», terminou a sua alocução.

A ministra Ana Abrunhosa, visivelmente cansada desabafou «esta noite não dormi» e na resposta à deputada Márcia Passos disse «quando estava a trabalhar na Portaria RCM, só me vinha a sua cara à mente, porque eu não esqueço as promessas», concretizando que «Estão em causa dois pórticos. Antes da resolução do Conselho de Ministros, falei com o senhor presidente da Câmara Municipal da Maia, estamos a trabalhar com o Secretario de Estado, Jorge Delgado, porque estão em causa dois pórticos» e concluiu «Senhora deputada o meu empenho com esta questão continua e eu não descansarei enquanto não vier aqui ou noutro sitio e olhar para a senhora e poder-lhe dizer cumpri», prometeu a Ministra a terminar.

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