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“1984-2019, 35 anos de Ordenamento Territorial”

“1984-2019, 35 anos de Ordenamento Territorial”

O livro “1984-2019 – 35 anos de Ordenamento Territorial” foi apresentado na mesma iniciativa da exposição “Maia: Expedições a um Território”. Na ocasião foi ainda batizada a Praça interior da Biblioteca Municipal da Maia, agora com o nome de Fernando Campos.

No passado dia 23 de setembro, no âmbito da celebração dos 35 anos de Ordenamento Territorial decorreu na Biblioteca Municipal da Maia o lançamento do livro “1984-2019 – 35 Anos de Ordenamento Territorial da Maia”; a apresentação da exposição “Maia: Expedições a um Território” e ainda uma homenagem a Fernando Campos, escritor maiato, falecido no ano de 2013.

1984-2019 – 35 anos de Ordenamento Territorial

O livro apresentado está dividido em quatro partes, ou como foi descrito «quatro sebentas, quatro cadernos, quatro frentes de combate, que são claramente quatro registos distintos de uma forma que se pode contar uma história, o que é esta prática de ser engenheiro municipal e como é trabalhar o território com todas as suas condicionantes e as exposições que ela coloca», disseram.
Para Daniel Pereira e Ana Resende, da equipa editorial este «foi um trabalho longo, com muitos testemunhos e muita participação de técnicos de município e arquitetos municipais, coordenadores do município. O produto que aqui temos é um trabalho processual, resulta do trabalho de muitas mãos», confessaram.
Para o vereador Mário Nuno Neves «o ordenamento territorial é uma missão pública, e que não tem sucesso se não envolver as populações e todos os parceiros que interagem territorialmente», acrescentando que «a participação pública só potência as instituições e concretiza o quotidiano dos objetivos para que foram criados se forem transparentes no “para que”, “porque” e “como”».
«O objetivo do livro não é ser um relatório de contas, repleto de dados quantitativos ou de escritores», como disse o vereador Mário Nuno Neves, mas sim «um testemunho a várias vozes de um percurso, que se tornou numa “Epopeia” humana».
«O crescimento da Maia resulta em parte do ordenamento que houve coragem de fabricar, muitas vezes contraindo expectativas que tiveram de ser afrontadas», disse o vereador que acrescenta ter sido este um «caminho inicialmente sinuoso, que estes 35 anos tiveram de percorrer, deu lugar a uma área em que novas reflexões e discussões se impõem(…) tornou-se uma incógnita em que é necessária prudência» disse o vereador da Câmara da Maia.
Fernando Cunha, diretor do Departamento de Sustentabilidade Territorial, mencionou como a figura do arquiteto tem ganho uma maior visibilidade, explicando que «este acrescento na visibilidade acontece devido a uma Maia com consciência por parte dos autarcas, relativizando o efetivo poder que a arquitetura tem na qualidade de vida dos seus munícipes e na valorização das áreas intervencionadas», terminando a declarar que «Estamos preparados para desafios futuros, que o mundo em mudança, e a Maia em particular, nos irá apresentar».
António Silva Tiago, presidente da CM Maia, considera-se feliz e agradece a equipa responsável pelo livro, «gente com bom gosto, que produziu um livro muito original, algo bastante fora da caixa, que sistematiza este caminho difícil, de muitas incompreensões».

“Maia: Expedições a um Território”

A exposição “Maia: Expedições a um Território” que está patente desde hoje e até 17 de Outubro no Fórum da Maia, é composta por fotos e registos do fotógrafo Duarte Belo.O autor agradeceu o convite que lhe foi dado para participar deste trabalho, considera um enorme prazer trabalhar sobre o território da Maia e «considerO muito gratificante chegar a um território como a Maia», acrescentando que a «Maia não é um território neutro e gera, pela sua densidade de urbanização, alguma empatia por parte de quem não está por dentro destes assuntos do Urbanismo e Arquitectura».

Praça Fernando Campos

Fernando Campos, escritor maiato, falecido no ano de 2013, foi agora homenageado pela CM Maia, que atribuiu o seu nome à Praça interior da Biblioteca Municipal da Maia.Para Mário Nuno Neves «este ato simbólico, de atribuirmos um nome a esta praça interior da Biblioteca Municipal, tem dois objetivos; homenagear um dos maiores escritores da segunda metade do século XX, e de levarmos os utilizadores desta biblioteca a sentirem-se curiosos e quererem saber quem foi Fernando Campos», disse.
O vereador menciona o falecido escritor maiato, e como o próprio reagiria a esta homenagem «Estou absolutamente convencido, até porque tive o privilegio de o conhecer bem, que ao Fernando Campos, esteja ele onde estiver, o segundo objetivo que lhe referi, lhe trará muito mais prazer do que o primeiro. Fernando Campos era um homem muito tímido, avesso a homenagens e holofotes, tudo o que queria era escrever e ser lido, partilhando connosco, não só conhecimento, mas também o imaginário». Mário Nuno Neves, considera uma homenagem justíssima ao escritor, e que «fica muito bem dar o seu nome a este espaço».

A Maia tinha três arquitectos…

O presidente da CM Maia, António Silva Tiago, engenheiro civil, contou como iniciou o seu percurso na Maia «vim num espírito de missão de ajudar o concelho e o município, para se tornar no que é hoje. Tive a felicidade de ser um dos protagonistas responsáveis pela evolução da Maia», testemunhou, «Quando cheguei a esta Câmara havia três arquitetos. Na altura entendi que havíamos de reforçar a equipa, criar uma “onda gigante da nazaré” e chamar à participação técnicos jovens, foi isso que fizemos, contratamos imensos arquitetos, revolucionamos tudo e com muito esforço e dedicação de todos nós, pusemos a Maia no mapa, sendo que, na época, era um espaço pouco qualificado, onde não havia grande costume de planeamento e de boa arquitetura».

(Da esq. para a dir.)

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