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Subida recorde das Compras Online em Portugal

Subida recorde das Compras Online em Portugal

O Comércio Digital ganha cada vez mais adeptos no país. 2021 registou um aumento de cerca de 7 pontos percentuais face a 2020.

Segundo a Associação do Comércio Eletrónico e da Publicidade Interativa (ACEPI), em 2021, 52% dos cidadãos residentes em Portugal fizeram compras online, valor que representa um crescimento de sete pontos percentuais (p.p.) face ao ano 2020 e que se traduz na maior subida anual desde que esta informação é recolhida. Os dados citados pela ACEPI fazem parte do relatório da Anacom que revela igualmente que Portugal é o 24.º país da União Europeia (UE27) no que respeita à percentagem de indivíduos que realizam compras online e o 21.º país no ranking das vendas online.

O vestuário/calçado (69%) e as refeições entregues ao domicílio (46%) foram os produtos físicos mais requisitados através da Internet e os que mais cresceram face ao ano anterior (+9 e +8 p.p. respetivamente), seguindo-se os produtos de cosmética, beleza e bem-estar (31%) e os computadores, tablets, telemóveis, equipamento informático complementar ou acessórios (30%).

Entre os produtos digitais, destacaram-se os filmes, séries e programas de desporto para download ou subscrição online (35% das pessoas que efetuaram compras online).

Quanto aos serviços contratados através da internet, destacaram-se os serviços de alojamento (28%, +7 p.p. que no ano anterior), de transporte (22%) e a adesão ou renovação de serviços de ligação à Internet, telefone ou telemóvel (19%).

Os indivíduos com níveis de escolaridade elevados, maiores rendimentos, empregados ou estudantes, apresentaram uma maior propensão para efetuar compras e vendas através da Internet. Este perfil é semelhante ao da média da UE27 e manteve-se face ao ano anterior.

Entre as empresas portuguesas com 10 ou mais pessoas ao serviço, e relativamente a 2020, cerca de 16% receberam encomendas através de redes sociais (-3 p.p. que a média da UE27 e +4 p.p. que no ano anterior). Estas encomendas representaram 17% do volume de negócios (-3 p.p. que no ano anterior).

Embora a maioria das empresas receba as encomendas através do seu website/app, cerca de 6% das empresas analisadas rececionaram as suas encomendas através de portais de comércio eletrónico ou plataformas digitais (via apps), como por exemplo Booking, hotels.com, eBay, Amazon, Amazon Business, Alibaba, Rakuten, Showroomprive e TimoCom.

De acordo com a mesma fonte, as principais barreiras à utilização do comércio digital foram a preferência pelo contacto pessoal, hábitos de consumo enraizados na sociedade ou fidelidade aos clientes habituais, seguindo-se o não haver necessidade de comprar online e as preocupações com a segurança dos pagamentos.

Em declarações ao Maia Hoje, o Presidente da AEBA, Alexandre Teixeira, afirmou que «com estes dados, facilmente se conclui que o futuro e o sucesso do comércio de proximidade estará sempre ligado ao processo digital e às vendas eletrónicas e foi por isso que a AEBA e a ACEPI estabeleceram um protocolo de colaboração para que as empresas da Região possam beneficiar de apoio para este processo».

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