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«Não considero que a Maia tenha uma oposição à altura»

«Não considero que a Maia tenha uma oposição à altura»

Chega inaugura a sua Sede na Maia e quer concorrer às autárquicas.

No passado dia 28 de agosto, o partido “Chega”, assumidamente de Direita, liderado por André Ventura, inaugurou a sua sede concelhia da Maia, uma das primeiras a nível nacional.

Para André Almeida, líder da estrutura local «as perspetivas são muito boas, apesar de estarmos a chegar agora, de uma forma oficial, numa sede física, já chegamos há cerca de meio ano à Maia. Temos neste momento cerca de 150 militantes, o que é bastante agradável, e estamos convictos que vamos conseguir até Outubro concorrer em todas as freguesias, não só à Câmara, mas a todas as freguesias», no entanto o responsável maiato diz ter os pés bem assentes na terra e sobre os resultados “ideais” diz que «seriam apenas vitórias e chegar a eleger o presidente da Câmara. Não sendo isso, à partida, possível, um bom resultado seria chegarmos a eleger pelo menos dois ou três vereadores à Câmara e conseguirmos eleger, em todas as freguesias. Ou seja, de alguma forma, começarmos a espalhar a mensagem do Chega, estarmos presentes e apontar tudo o que tem sido mal feito nos últimos anos, tanto na Câmara como nas próprias Freguesias», disse.

Questionado pelo MaiaHoje sobre a que é que o Chega, “diz chega”, André Almeida enumera a título de exemplo «as teias de corrupção que existem, os ajustes diretos, que é muito grave e que na Câmara da Maia já existem há muitos anos – e pegando um pouco num dos primeiros discursos que fiz – desde que me conheço que sou da Maia e, para mim, esta sempre foi a câmara de sucessão ao trono, ou de outra forma, desde sempre o PSD colocou o “amigo seguinte” na câmara. Portanto acho que está na hora de mudar, de dizer chega, efetivamente, porque todos nós conhecemos alegadas histórias de autarcas da Maia, bem conhecidos, que dizem aceitavam apartamentos de forma a aprovarem projetos que estavam bloqueados. Está na hora de mudarmos, de termos uma política séria, constituída por pessoas que não são políticas, e que não precisam da política para viver, precisam apenas para mudar o paradigma, para serem um pouco mais crentes no pais que temos», disse.

Quanto à oposição à maioria no executivo camarário, André Almeida diz que «a oposição que tem sido liderada, pelo menos nestes três a quatro anos, pelo Francisco Vieira de Carvalho só o foi apenas na questão do processo TecMaia. Não penso que esteja a ser feita da forma ideal, mas também não penso que o Francisco seja a pessoa ideal para a Câmara, desde logo porque eles (conselhos de administração) prejudicaram duas empresas que quase foram levadas à insolvência, portanto não me parece a pessoa ideal para gerir o dinheiro dos Maiatos, porque se não corremos um sério risco de estar a ser mal usado também», transmitiu, acrescentando que «não considero que a Maia tenha uma oposição à altura e é uma das coisas que me faz querer agora estar presente para começar, de alguma forma, a fazer-se ouvir uma oposição séria.

O MaiaHoje quis saber quem é o líder do Chega na Maia e o próprio define-se como «um Maiato, nascido e criado em Vermoim, filho de empresários na Maia, que foi “chutado” pelo Governo lá para fora, que teve de emigrar, trabalhou três anos em França, voltou e deixou a sua profissão de enfermeiro. Está agora a gerir duas empresas e tem agarrado este projeto, para tentar com que os seus filhos cresçam num país um bocadinho à imagem do que eu cresci, e não do que nós temos agora, com políticas de desvaneio de esquerda, com uma enorme valorização das minorias. Sou da perfeita opinião de que se as minorias precisam de Portugal, pois se adaptem, porque fui para França, era uma minoria, e adaptei-me à cultura francesa, não terá de ser Portugal a adaptar-se às minorias, terão de ser as minorias a adaptar-se a Portugal.

A terminar pedimos a André Almeida para descrever, em poucas palavras, o partido CHEGA «essencialmente como um partido de direita firme e não de extrema-direita, que não é racista, xenófobo, ao contrário do que os média tentam passar, sendo conservador, liberal, muito apoiado numa ideologia Católica e portanto, que está aqui para fazer valer os reais princípios Portugueses da cultura portuguesa e não andarmos com “modernices”, que nada favorecem o nosso pais», disse a terminar.

A sede do Chega contou com a presença de cerca de meia centena de pessoas entre as quais dirigentes regionais do Chega.
As instalações são na Travessa Beato Domingos Jorge, nº 64, Urbanização do Xisto, Vermoim, Cidade da Maia.

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