Liga: Vitória SC conquista empate no Dragão e trava FC do Porto

O Estádio do Dragão foi palco de um dos jogos mais aguardados da jornada, com o FC Porto a defrontar o Vitória de Guimarães, com ambas as equipas a procurarem assegurar um resultado positivo.

O FC Porto tinha um historial favorável contra o Vitória, contudo nos últimos seis anos o Vitória venceu duas vezes no Dragão, inclusive na época passada, estando, portanto, com supremacia, mas sujeito à capacidade do Vitória em surpreender, como aconteceu.

O F C do Porto alinhou com Diogo Costa, Zé Pedro, Tomás Pérez, Otávio Ataíde, Pepê, Fábio Vieira, Alan Varela, Francisco Moura, Gonçalo Borges, Danny Namaso, Rodrigo Mora, enquanto o Vitória SC fez entrar Bruno Varela, Miguel Maga, Filipe Relvas, Toni Borevkovic, João M. Mendes, Tomás Händel, Tiago Silva, Telmo Arcanjo, João Mendes, Vando Félix, Nélson Oliveira.

Não podendo o F C do Porto contar com Martim Fernandes e Vasco Sousa por lesão, e João Mário e Nehuén Pérez, por castigos, Martín Alselmi manteve o seu esquema tático habitual, focado numa defesa de três centrais, com a estreia de Tomás Pérez, robusta, mas com transições rápidas para o ataque, procurando pressionar alto e controlar a posse de bola, explorando algumas fragilidades defensivas do Vitória.

Do lado do Vitória ficaram de fora Bruno Gaspar, Óscar Rivas, e Gustavo Silva, por lesão, e Mikel Villanueva por castigo. Luis Freire, optou por uma abordagem mais cautelosa, procurando explorar os contra-ataques, aproveitando a velocidade dos seus avançados. A solidez defensiva era crucial para o Vitória, que tentou frustrar as investidas dos Dragões e capitalizar em erros adversários, contudo a primeira parte foi muito pobre de parte a parte, com os Dragões a terem apenas cinco remates, e nenhum deles enquadrados, fazendo jus ao que tem acontecido em 2025, saindo sempre para o intervalo sem vantagem no marcador.

Na metade complementar, os Dragões vieram com mais velocidade, mas com a mesma inconsistência, e aos 55 minutos, o Vitória viu um golo anulado a Nelson Oliveira, por fora de jogo no início da jogada. Não houve golo, mas os minutos seguintes foram do Vitória SC que teve algumas jogadas de perigo e um golo salvo em cima de linha por Otávio. Foi precisamente nesse melhor momento do Vitória que Fábio Vieira surgiu do “nevoeiro” onde tem andado, e fez um golo fantástico com remate em arco ao segundo poste, parecendo que poderia ter aí nascido a hipótese dos anfitriões somarem os 3 pontos.

Só que o futebol de fraca qualidade manteve-se, as trocas e perdas de bola continuaram e aos 85 minutos, na sequência de um canto a favor do FC do Porto, a bola ficou no meio campo do Vitória, a ela acorreram vários jogadores, com os da casa a parecerem que não a queriam dominar, e o adversário a aproveitar a letargia para um contra ataque fatal, com Nuno Santos a lançar Úmaro Embaló e este a embalar para a área, com Diogo Costa impotente para evitar o golo do empate, que haveria de ser o resultado final.

O empate acaba por ser justo em face do que se passou em campo, e com este resultado os Dragões continuam sem vencer em casa este ano, acumulando o quinto empate consecutivo, no pior registo dos últimos 20 anos, comprometendo, diríamos quase que irremediavelmente as hipóteses de chegar à liderança e até ao segundo lugar.

Mas a bola é redonda e na verdade nenhum dos três habituais candidatos está a jogar com eficácia ao contrário do SC de Braga que nos últimos 21 pontos possíveis somou 19, está no terceiro lugar com o FC do Porto, e pode muito bem vir a ser a surpresa da época.

Naquele que foi o primeiro jogo em casa após a partida de Pinto da Costa, aos 42 minutos, as claques quiserem homenagear o Presidente com mais títulos a nível mundial.