Liga: Dragões ao quadrado honram Jorge Costa com 3-0 ao Vitória

Embalado por uma sequência de vitórias na pré-época o FC Porto recebeu o Vitória de Guimarães no Estádio do Dragão para o confronto que ditava o arranque destas equipas na Liga Portugal 2025/26.

O FCPorto, com a moral em alta por estar invicto, e sobretudo pela exibição, e vitória frente ao Atlético de Madrid, ainda que em jogo de apresentação, procurava manter o ímpeto, começar com o pé direito a época, e na medida do possível honrar o legado de Jorge Costa, Diretor do Clube, antigo jogador, e líder em campo, esta semana inesperadamente falecido, quando se encontrava ao serviço do clube.

Foram várias as homenagens, desde logo, um minuto de silêncio antes do início, e aos dois minutos de jogo, número da sua mítica camisola foi ovacionado com palmas, em dois momentos arrepiantes junto dos 48.345 espetadores presentes nas bancadas, que também participaram quando antes da partida exibiram, cartolinas com o número dois em formato de camisola de jogo, bem como o nome de Jorge Costa na bancada nascente e poente, e o número 2 nos topos. Já durante o jogo foram exibidas tarjas com dedicatórias ao, agora desaparecido “bicho”, como era conhecido e reconhecido por todos no mundo do futebol. Mas certamente a mais discreta e relevante terá sido o número dois colocado nas costas das camisolas dos jogadores, de forma a intuir que os seus números estão elevados ao quadrado, numa espécie de superação.

Apesar do favoritismo, o Vitória não vinha para facilitar, e a recente história entre as duas equipas advertia para a imprevisibilidade de um duelo que costuma ser recheado de emoções, sobretudo porque o Vitória de Guimarães também atravessa um bom momento, e tinha a mesma ambição dos três pontos.

Casa cheia no Estádio do Dragão, palco de um duelo de extremos, perante a frieza do FC Porto e a irreverência do Vitória, a partida era também um teste aos nervos e à capacidade de gerir a pressão dos oponentes.

Foi desta forma que o jogo começou, e na primeira jogada o Vitória até teve a hipótese de se adiantar no marcador com um remate de Tiago Silva que saiu ligeiramente ao lado do poste de Diogo Costa.

Daí em diante o FC do Porto mostrou iniciativa e uma vontade firme de chegar ao golo que surgiu aos 12 minutos por Pepê, numa jogada de contra-ataque que finalizou com classe, após assistência de Borja Sainz, fazendo o primeiro da partida, e da época para a equipa da casa, ao mesmo tempo que no campo pessoal pode significar uma viragem em relação à época passada, afastando alguns problemas que, já assumiu, o terem prejudicado.

Apesar da vantagem os Dragões mantiveram o pé no acelerador e foram criando oportunidades que não se concretizaram até que aos 32 minutos, Samu não desperdiçou e apontou o seu primeiro da época e segundo da sua equipa, respondendo de cabeça ao segundo poste, e à ponta de lança, a um centro de Alberto Costa.

Foi com este resultado que terminou a primeira metade, não sem antes o Vitória quase ter reduzido, aos 46 minutos, com a bola a entrar ao canto superior esquerdo da baliza, onde surgiu Bednareck a evitar em cima da linha com uma portentosa elevação.

Na metade complementar foi a vez do Vitória tentar a iniciativa, com os Dragões menos afoitos, mas continuando a ser mais dominadores e perigosos, o que levou a que ampliassem a vantagem, aos 78 minutos, depois de Eustáquio disparar mais uma bomba que foi ao poste e na recarga apareceu Samu a bisar.

Com este resultado, os Dragões somam os primeiros três pontos, e deixam o Vitória com zero, e alguma noção de que dificilmente conseguiriam mais perante uma FC do Porto tão aguerrido e determinado, que a continuar assim, poderá fazer muito mais do que nas duas últimas épocas, de má memória para o clube azul e branco, e que, agora sob o comando de Francesco Farioli, promete mais.